Controle de Pragas do Cafeeiro: Bicho Mineiro do Café

O manejo de pragas do café

Combate a praga do café bicho mineiro

O nível de relevância das pragas do café varia de acordo com as diversas regiões produtoras de café do Brasil sendo que o Bicho Mineiro, a Broca e Cochonilhas geram grandes problemas praticamente em todas as regiões de cultivo do café;  Atualmente  nota-se o elevado surgimento de pragas atacando o café causado pela grande utilização de agrotóxicos no meio ambiente. Muitas vantagens e possibilidades geradas pelo controle biológico, portanto ainda não há informações satisfatórias aplicação prática desta técnica. Nas recomendações de uso do controle químico, existem exigências de devidos cuidados para a manutenção dos inimigos naturais.

O controle de pragas do café portanto deve ser realizado apenas quando a população da praga atingir o patamar de ônus econômico para o produtor rural, sendo nescessário um adequado sistema de “Manejo de Pragas”.

Projetos de manejo de pragas na cafeicultura objetivam a criação de uma estratégia ampla de ação, que faz uso de várias táticas de controle através vários métodos : culturais, químicos, biológicos, uso de variedades de café mais resistentes ou de táticas de interferência nos sistemas fisiológicos e ecológicos dos insetos praga. Estas técnicas são escolhidas e integradas entre si dentro de programas harmônicos que visam tirar o trazer o máximo de vantagens às características do cafeeiro e aos fatores de mortalidade naturais.

O Bicho Mineiro (Perileucoptera coffeella )

O Bicho Mineiro em sua fase adulta é uma mariposa de geralmente branco-prateada que durante a tarde ou ao anoitecer deixam seu abrigo fazem a postura de ovos na página superior das folhas do café. A lagarta passa diretamente do ovo para dentro da folha ao nascer. Passa então a se alimentar do tecido entre as duas epidermes e deixa um vazio na área da qual se nutriu. As regiões atacadas pelo bicho mineiro vão secando e a área vai aumentando com o desenvolvimento da lagarta. Dáse então o nome de “mina” a esta lesão, e pode ser notada pela facilidade em levantar a película superior da folha, observando-se assim as lagartas e o espaço criado pela praga do café.

A lagarta desenvolvida, sai para o exterior por uma fenda que ela mesma faz faz na epiderme superior da planta, em seguida, se encrisalida na parte de baixo da folha ou em outras mais próximas ao solo. O tempo de eclosão vai de 5 a 21 dias. Cada mariposa põe em média 36 ovos. No campo, quando as condições são favoráveis, chega a ocorrer 7 ou mais gerações por ano.

Origem do bicho mineiro e danos causados pela praga ao produtor de café

Os danos causados pela praga do cafeeiro notam-se pela diminuição da área ativa e fotossintética, e principalmente pela queda de folha. O reflexo na produção de café normalmente se caracteriza na próxima safra. Dados baseados em experiências realizadas nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo,mostraram a redução de 53% , 37% e até 80% da capacidade de produção do café, respectivamente. O prejuízo gerado pelo Bicho Mineiro varia principalmente pela intensidade, duração do ataque e época de ocorrência da praga do cafeeiro

O Bicho Mineiro é uma praga origináda na Àfrica e constatada no Brasil desde de 1851, quando entrou no país provavelmente por meio de mudas de café vindas da ilha de Bourbon e das Antilhas. Hoje em dia essa praga do cafeeiro se encontra disseminada por todas as regiões produtoras de café do país, sendo que do bicho mineiro têm ocorrido com grande frequência devido ao uso de fungicidas cúpricos, para o controle de pragas como a ferrugem do cafeeiro. O Bicho Mineiro pode ser encontrado em muitos outros paises na América e na África, sendo talvez a praga do café mais disseminada no mundo. É uma praga monófaga, portanto ataca apenas o cafeeiro.